A Polícia Federal realizou, no mês de março, a maior apreensão de madeira na história do Brasil, mas, o que era pra ser motivo de comemoração, se tornou uma briga entre o chefe da PF do estado do Amazonas, Alexandre Saraiva, e o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales.
Na última quarta-feira (31) o ministro Ricardo Salles foi ao Pará para fazer uma espécie de verificação da operação. Posteriormente, ele afirmou que há falhas na ação e também que há elementos para achar que as empresas investigadas estão com a razão.
Confrontado, Alexandre Saraiva afirmou que sob a Polícia Federal do Amazonas não "vai passar boiada" e que é a primeira vez que vê um Ministro Ambiente se manifestar de maneira contrária a uma ação que visa proteger a floresta amazônica.
"É o mesmo que um ministro do Trabalho se manifestar contrariamente a uma operação contra o trabalho escravo", declarou Saraiva ao jornal Folha de S. Paulo.
"Se a documentação estiver dentro da lei, liberaremos a madeira na hora. A possibilidade disso acontecer, na minha opinião, é perto de zero. Na Polícia Federal não vai passar boiada", declarou Saraiva usando termo utilizado por Salles em reunião ministerial do ano passado, onde colocou a proposta de aproveitar a pandemia para passar a boiada, ou seja, aprovar regulamentações ambientais a favor do interesse privado.
Com informações da Folha de S. Paulo