Deputado do PSOL pede que PGR investigue Bolsonaro após revelação de grampos de milicianos

Reportagem do Intercept revelou que milicianos tentaram contatar alguém chamado por eles de "Jair", "presidente" e "cara da casa de vidro" após a morte de Adriano da Nóbrega

Jair Bolsonaro (Reprodução)
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O deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) entrou com requerimento na Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo a abertura de inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por suposto "ato ilegal e lesivo à ordem democrática".

Miranda quer que sejam apurados os fatos revelados pela reportagem do Intercept, publicada neste sábado (24), onde escutas telefônicas sugerem que milicianos ligados a Adriano da Nóbrega, ex-capitão da PM acusado de comandar o "Escritório do Crime, no Rio de Janeiro, teriam entrado em contato com uma pessoa identificada com "Jair", "cara da casa de vidro" e "presidente" após a morte de Nóbrega.

"A interceptação das conversas, transcritas em um relatório da Subsecretaria de Inteligência após o Ministério Público do Rio de Janeiro concluir que seria Jair Bolsonaro o 'cara da casa de vidro', segundo fontes ouvidas pela reportagem do The Intercept Brasil na condição de anonimato", diz David Miranda na representação.

No requerimento o parlamentar afirma que "é importantíssimo trazer à baila que, conforme a reportagem revela, além de ser fato que pode facilmente por esta Procuradoria, após as citações, o Ministério Público do Rio de Janeiro pediu que a justiça encerrasse as escutas dos envolvidos nas conversas apesar de ele seguirem trocando informações sobre as atividades ilegais do senhor Adriano da Nóbrega. A interrupção reforça a ideia de que trata-se do mesmo Jair que hoje ocupa o Planalto".

Com informações da Folha de S. Paulo

Milicianos ligaram para “Jair” da “Casa de vidro” após morte de Adriano da Nóbrega, diz site

Reportagem de Sérgio Ramalho no site The Intercept Brasil neste sábado (24) revela que escutas telefônicas da investigação sobre Adriano da Nóbrega, que comandava o chamado “Escritório do Crime” – braço de extermínio ligado à milícia de Rio das Pedras – mostram que milicianos teria feito contato com uma pessoa identificada como “Jair”, “cara da casa de vidro” e “presidente” após a morte do ex-capitão do Bope em uma ação da polícia da Bahia no dia 9 de fevereiro de 2020. Casa de vidro seria referência ao Palácio do Planalto.