As investigações sobre a morte do garoto Henry Borel, de 4 anos, se aproximam cada vez mais do vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade), que namora a mãe do menino, a professora Monique Medeiros.
A suspeita de espancamento do menino - a autópsia aponta hemorragia interna e laceração hepática causada por ação contundente, além de lesões na cabeça, tórax e hematomas pelo corpo - ganha força com casos pregressos envolvendo o vereador, herdeiro político do pai, o Coronel Jairo, ex-deputado estadual apontado na CPI das Milícias de 2008 como um dos líderes da temida Liga da Justiça.
As jornalistas Marina Lang e Sofia Cerqueira, da revista Veja, ouviu uma ex-namorada que conta que a filha, então com 4 anos - hoje ela tem 13 anos -, sempre voltava com ferimentos quando saia para passear com Jairinho.
A mulher, que chegou a prestar depoimento sobre os casos na Polícia, diz que o vereador chegou a levar a filha para um local, que pela descrição da criança se parecia com um motel. Lá, ele teria tirado a roupa da menina e bateu com a cabeça dela na parede do boxe, no banheiro.
Jairinho também teria tentado afogar a menina na piscina, afundando a cabeça dela com os pés.
As jornalistas também procuraram outra ex-namorada que teria relatado à polícia violência cometida pelo vereador ao filho, então com cinco anos.
Ela preferiu não falar com a reporagem, mas uma amiga próxima dela disse ter conhecimento de "episódios tenebrosos", como a tentativa de Jairinho de dopar a ex-namorada num motel, que teria acordado grogue e visto o vereador forçando o menino a tomar banho na banheira.
Segundo ela, o vereador sempre buscava sair sozinho com o garoto, que voltava parecendo ter passado por "sessões de tortura".