Eduardo Paes diz que é "inimaginável" ver Jairinho como "monstro": "Foi meu líder de governo"

Prefeito do Rio, Paes pediu "responsabilidade" da imprensa para não atribuir crime que teria sido cometido por Jairinho, de espancar até a morte o enteado, Henry Borel, de 4 anos, às relações do vereador com políticos como Bolsonaro e Crivella: "Monstruosidades não são transmissíveis pelo ar”

Jairinho na Câmara e em campanha para Eduardo Paes (Montagem)
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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo neste domingo (18) que é "inimaginável" ver o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o doutor Jairinho, "como monstro".

“Ele foi meu líder de governo porque era um político habilidoso, com muita liderança na Câmara. Estou chocado, triste. É inimaginável olhar para ele e ver um monstro”, disse Paes.

Jairinho está preso acusado de espancar até a morte o enteado, Henry Borel, de 4 anos. A mãe do menino, a professora Monique Medeiros, também está presa acusada pelo crime.

O vereador foi líder do governo Eduardo Paes entre 2013 e 2016, no primeiro mandato do prefeito no Rio de Janeiro.

“Tenho visto posts [dizendo]: ‘Ele apoiou [o presidente Jair] Bolsonaro, foi líder do [ex-prefeito Marcelo] Crivella'. Temos que ter um mínimo de responsabilidade, e a imprensa tem que ajudar nisso. É um gesto individual em parceria com aquela mãe –sei lá que nome dou para essa mãe, outra monstra–, que não deve se creditar em ninguém que tenha convivido ou trabalhado para ele. Isso não é um vírus, como o coronavírus, que é transmitido pelo ar. Monstruosidades não são transmissíveis pelo ar”, disse Paes.