Átila Iamarino: Brasil adotou estratégia genocida contra a Covid-19 e cultivou um monstro

O biólogo também alerta que variantes mais perigosas podem surgir no país e as vacinas se tornarem “ineficazes”

O biólogo Atila Iamarino (Foto: Divulgação/TV Cultura)
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Doutor em Microbiologia pela Universidade de São Paulo (USP) e com dois pós-doc, um na USP e outro na Universidade de Yale, sobre a disseminação de vírus, Iamarino afirma que o "Brasil adotou estratégia genocida" e que no pior dos cenários as "vacinas podem se tornar inúteis".

Em entrevista à BBC Brasil, Iamarino explica que o atual momento da pandemia no Brasil "se deve a uma combinação de fatores. De um lado, houve um movimento de abertura no fim do ano passado, com mais pessoas circulando sem restrições. Do outro - e que considero o principal fator - temos a variante P.1, incialmente observada em Manaus".

"A nossa variante é fruto direto da estratégia genocida do Brasil de contar com as pessoas circulando livremente e construindo imunidade. Não é por acaso que surgiu aqui uma das variantes mais perigosas, demonstradamente perigosa", analisa o biólogo.

Em um cenário ainda mais apocalíptico, Iamarino afirma que variantes "mais perigosas" do vírus podem surgir e que "eventualmente, as vacinas podem não ser mais eficazes - e, se esse cenário se concretizar, poderemos não ter mais solução".

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