Representante da China diz, em reunião com centrais sindicais, que país pode vir a doar vacinas ao Brasil

Qu Yuhuy prometeu levar a ideia de doação de vacinas, uma demanda do Fórum das Centrais Sindicais brasileiras, às autoridades de seu país; "Juntando os nossos esforços, pouco a pouco vamos chegar aonde queremos"

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O Fórum das Centrais Sindicais, que reúne a CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB e Nova Central, realizou nesta sexta-feira (5) uma reunião com representantes da Embaixada na China no Brasil com o objetivo de discutir cooperação no combate à pandemia do coronavírus.

A China, assim como foi o primeiro país a ser afetado pelo vírus, foi também a primeira nação a superar a pandemia em inúmeras cidades, incluindo Wuhan, o primeiro epicentro da crise sanitária global.

No encontro, os representantes das centrais sindicais pediram ao representante da embaixada chinesa, Qu Yuhuy, que o país asiático doe vacinas ao Brasil, que segue em marcha lenta na campanha de imunização. Outra demanda do Fórum das Centrais Sindicais é a realização de um seminário com representantes do governo e dos sindicatos de Wuhan sobre o sucesso que a cidade chinesa teve na condução da crise sanitária, tendo já retomado praticamente à normalidade.

"Precisamos de mais informações de como a gente pode sair da pandemia tão rapidamente como Wuhan saiu. Para que a gente possa divulgar no Brasil o que é preciso ser feito para interromper essa aceleração no número de mortes, quase 2.000 por dia, o que é um total absurdo. E para que a gente possa ajudar a convencer o povo brasileiro, especialmente os dirigentes sindicais e os trabalhadores, da importância do isolamento social, das máscaras, das vacinas", afirmou Antonio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

Em resposta, o representante da Embaixada da China, Qu Yuhuy, se comprometeu em levar as demandas às autoridades de seu país.

"Vamos estudar sobre a doação de vacinas e transmitir esse pedido às autoridades chinesas. É uma questão muito sensível, que envolve aspectos jurídicos, diplomáticos e a saúde das pessoas. O seminário é uma boa ideia, vamos sugerir para a ACFTU se podemos organizar um workshop ou webnário, para trocar ideias e experiências. Claro que são países muito diferentes, todavia sempre há alguns pontos que podemos compartilhar e que provavelmente podem ajudar os nossos companheiros brasileiros", declarou.

"É um momento muito difícil, uma batalha que não vai ser vencida de um dia para o outro. Mas juntando os nossos esforços, pouco a pouco vamos chegar aonde queremos", completou Yuhuy.

Além de Neto, o presidente da CSB, participaram da reunião, que se deu de maneira virtual, Miguel Torres, da Força Sindical, Antonio Lisboa, da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Canindé Pegado, da UGT (União Geral dos Trabalhadores), José Reginaldo Inácio, da Nova Central Sindical de Trabalhadores, e Nivaldo Santana, da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).