A Secretaria Municipal de Educação (Seduc) de Santo André divulgou resolução proibindo servidores do setor de usarem “linguagem neutra” ou “linguagem não binária”. A decisão foi baseada em um projeto de lei do vereador Marcio Colombo (PSDB), ligado ao MBL.
Preocupado com a inexistente “ideologia de gênero”, o tucano decidiu que a casa deveria proibir que os servidores usassem linguagem que não pertencesse à norma culta.
Colombo usou o plenário para criticar mensagens postadas em um grupo de WhatsApp, entre pais e professores da creche Angela Masiero, localizada no bairro Vila Junqueira, em Santo André.
Na mensagem a que se referiu, a creche desejava aos pais “benvindx a mais um ano letivo”. Palavras com essa terminação são utilizadas para descaracterizar o “binarismo” da linguagem, que tem o papel de perpetuar os estereótipos de gênero.
Teoria da conspiração
O vereador, usando teoria da conspiração e esbanjando preconceitos, justificou a medida dizendo que esse tipo de termo é usado pela esquerda para promover a ideologia de gênero e descaracterizar a língua portuguesa, contrariando as pessoas que têm religião e acreditam na família.