Aumento no número de mortes por Covid faz São Paulo promover enterros noturnos

Nas últimas 24h, o Brasil registrou 3.650 novas mortes por Covid, 288 na capital paulista

Enterro noturno de vítimas da Covid-19 em São Paulo (Foto: Sindsep)
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Em razão do drástico aumento no número de mortes provocadas pela pandemia de Covid-19, a Prefeitura de São Paulo decidiu estender o horário dos enterros em quatro cemitérios da capital paulista. Nesta sexta-feira (26), o país, que já ultrapassou as 300 mil mortes, registrou 3.650 vidas perdidas apenas nas últimas 24h.

Na quarta-feira (24), o Serviço Funerário do município publicou a Portaria 22, ampliando o horário dos cemitérios de Vila Formosa, São Luiz, Vila Nova Cachoeirinha e São Pedro. O horário, que antes era até as 18h, agora vai até as 22h. Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), a medida é inédita.

Das 3.650 mortes registradas nas últimas 24h, 1.193 ocorreram no estado de São Paulo e 288 na capital, um recorde.

Na noite de quinta-feira (25) foram realizados os primeiros enterros no novo horário. No mesmo dia, a Prefeitura publicou um novo contrato com a empresa Maximus para realizar os enterros com 50 novos trabalhadores terceirizados.

Esse acordo foi criticado pelo Sindsep, que alegou que as contratações poderiam ser feitas em modalidade emergencial no próprio Serviço Funerário, gastando quase metade dos valores repassados à terceirizada.

Ao divulgar imagens dos enterros, o Sindsep afirmou que "a situação do Brasil e de São Paulo é responsabilidade direta dos governos federal, estadual em municipal e suas políticas irresponsáveis".

"Bolsonaro, Doria e Covas tem em comum o desmonte, desvalorização, privatização e desmonte dos serviços públicos. Nesse momento em toda a nossa cidade e no Brasil são trabalhadores do serviços essenciais que estão na linha de frente do combate à pandemia", afirma a entidade.

Com informações do Sindsep

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