A Corregedoria-Geral do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJ-MT) denunciou em relatório diversas práticas de tortura e espancamentos de presos na penitenciária Osvaldo Florentino Leite Ferreira, conhecida como Ferrugem, em Sinop, cidade no norte do estado.
Segundo reportagem de Pedro Rafael Vilela, no Brasil de Fato, o relatório foi realizado por uma comissão formada por juízes, auxiliares e defensores públicos após visita surpresa no presídio.
"O relatório fala, por exemplo, que havia dinâmicas de tortura com uma metodologia chamada chantily, que é a aplicação de spray de pimenta nos olhos da pessoa presa, utilização também de ferramentas, desde cacetetes até um instrumento denominado 'garfo do capeta' usado contra os corpos dessas pessoas", aponta Lucas Gonçalves, assessor jurídico da Pastoral Carcerária Nacional, em entrevista ao portal.
O relatório também cita a prática de um ritual de espancamento coletivo anual no presídio. Após a inspeção, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) afastou 12 pessoas do presídio, incluindo o diretor, o vice-diretor, o chefe de disciplina e outros agentes acusados de maus-tratos.