A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu neste sábado (20) um stalker que perseguia e ameaçava a juíza Ludmila Grilo por meio de redes sociais. O homem, de 40 anos, perseguiu a juíza por quatro meses, enviando inclusive fotos de sua casa e da de seus familiares, como forma de coação.
Ludmila é a juíza de Unaí (MG) que ficou famosa por incentivar aglomerações em meio à pandemia do novo coronavírus e até ensinar a tomar sorvete como forma de evitar o uso de máscaras em lugares fechados “e ainda posar de bondoso”.
Ela chegou a fazer uma postagem andando em Búzios usando a hashtag infame #AglomeraBrasil em que escreveu: “Uma cidade que não se entregou docilmente ao medo, histeria ou depressão. Aqui, a vida continua. Foi maravilhoso passar meu Réveillon nessa vibe”. Devido a tais incentivos, ela chegou a ser alvo de um pedido de investigação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por parte do advogado José Belga Assis Trad, que alega que Ludmila pode ter cometido “crime de apologia à infração de medida sanitária preventiva”.
Stalker é como é chamada uma pessoa que faz perseguição a outra por meio de redes sociais. Ao Estado de Minas, a delegada Gabriela Mol, que conduziu as investigações, disse que o suspeito realizou, por mais de quatro meses, ameaças de aproximação física, impondo medo à juíza.
“O suspeito chegou a encaminhar fotografias de lugares íntimos, como o local exato da residência da vítima e de familiares, além de correspondências ao local de trabalho”, disse a delegada. Segundo ela, ele exigia R$ 1 milhão a título de suposta reparação de danos “sob pena de causar à vítima dor e intenso sofrimento”.
Com informações do Estado de Minas