Sob Bolsonaro, desmatamento na Amazônia tem 3º maior volume em 10 anos, aponta Imazon

Um total de 196 km² foram destruídos no bioma em janeiro; 69% da área desmatada está em áreas particulares, segundo monitoramento feito pelo instituto

Foto: Instituto Socioambiental - ISA
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Um total de 196 km² foram desmatados na Amazônia em janeiro de 2021, aponta o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

Segundo o Imazon, é o terceiro maior valor da série histórica nos últimos 10 anos, mesmo com redução de 1% em relação a janeiro do ano passado, quando o SAD registrou desmatamento de 198 km². Ambos registrados sob o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), que tem promovido um desmonte nas políticas ambientais.

O instituto usa dados do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), que monitora via satélite as áreas desmatadas na região.

O calendário anual de desmatamento da Amazônia vai de agosto de um ano a julho de outro. No atual ciclo vigente, segundo o Imazon, o desmatamento registrado entre agosto de 2020 e janeiro de 2021 foi 46% maior em relação ao mesmo período do calendário anterior.

Segundo o Imazon, a maior parcela dos desmatamentos ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse: 69%. O restante do desmatamento foi registrado em assentamentos (16%), unidades de conservação (12%) e terras indígenas (3%).

O estado com o maior percentual de desmatamento registrado foi Mato Grosso, com 41% do total. Em seguida está o Pará (30%), Rondônia (9%), Amazonas (8%), Roraima (5%), Acre (3%), Maranhão (3%) e Tocantins (1%).

Pela ordem, os municípios com maior área desmatada em janeiro são: Altamira (PA), Juara (MT), Confresa (MT), Cláudia (MT), Nova Maringá (MT), Porto Velho (RO), Itaúba (MT), São Félix do Xingu (PA), Jacareacanga (PA) e Nova Canaã do Norte (MT).