Crianças de Belford Roxo foram torturadas antes de serem mortas, diz polícia

Na manhã desta quinta a Polícia Civil prendeu mais de 18 pessoas envolvidas no crime

As três crianças desaparecidas em Belford Roxo. Foto: reprodução
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Em coletiva realizada nesta quinta-feira (9), a Polícia Civil revelou que os meninos Lucas Matheus, 9, Alexandre Silva, 11, e Fernando Henrique, 12, foram torturados antes de serem assassinados por criminosos ligados ao tráfico e que controlam a comunidade do Castelar, em Belford Roxo.

De acordo com a investigação, os criminosos decidiram dar um "corretivo" nas crianças após um "suposto furto de passarinho".

"Eles foram torturados. Em um momento um dos meninos falece, pelo excesso de agressão ou uma pancada mal-dada", declarou Uriel Alcantara, delegado da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

O delegado também explicou que, após a morte de uma das crianças, os criminosos resolveram matar os outros dois com o objetivo de ocultar o crime.

Até hoje os corpos dos garotos não foram localizados. Uma traficante identificada como "Tia Paula" é apontada como a responsável pela ocultação dos cadáveres.

Todavia, "Tia Paula" foi morta no tribunal do tráfico do Comando Vermelho, que controla o Castelar.

"Quando eles [criminosos] viram 3 crianças mortas, chamam a Tia Paul para levar os corpos para fora da comunidade, e ela manda outra pessoa levar o corpo para um rio do município de Belford Roxo", explica o delegado Uriel.

Caso Belford Roxo: 18 são presos pelo assassinato das 3 crianças

A Polícia Civil do Rio realizou na manhã desta quinta-feira (9) operação na comunidade do Castelar, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, onde cumpre 56 mandados de prisão contra traficantes que são apontados como responsáveis pela morte dos meninos Lucas Matheus, Alexandre Silva e Fernando Henrique.

Foram cumpridos 33 mandados de prisão. Dezesseis pessoas foram presas, mais duas prisões foram realizadas em flagrante e outros 15 mandados foram cumpridos contra suspeitos que já estão presos.

Além disso, cinco dos 56 mandatos são por triplo homicídios e ocultação de cadáver. O restante é por associação ao tráfico.

Segundo investigações da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), as crianças foram mortas por traficantes do Castelar após furtarem um passarinho. O crime aconteceu no dia 27 de dezembro de 2020.

Com informações do UOL