O hotel Maksoud Plaza fechou as portas oficialmente nesta terça-feira (7), mas seus funcionários só tiveram a confirmação oficial do encerramento das atividades pela imprensa. Eles foram avisados pela direção do hotel para não fazer mais reservas para depois desta terça-feira há alguns dias, mas, mesmo assim, foram pegos de surpresa.
O atual administrador do hotel, Henry Maksoud Neto, deu uma entrevista sobre o fim do empreendimento publicada antes de uma reunião que teve com os colaboradores na manhã desta terça.
Localizado na esquina da rua São Carlos do Pinhal com a Alameda Campinas, a duas quadras da Avenida Paulista, o Maksoud Plaza é considerado um dos símbolos arquitetônicos de São Paulo.
Recuperação judicial
A empresa está em recuperação judicial deste setembro do ano passado, quando listou dívidas de R$ 82 milhões. Apesar da crise da marca preceder em ao menos uma década o surgimento do coronavírus, o hotel atribuiu nos autos o fracasso do empreendimento à pandemia.
O passivo das controladoras do hotel, Hidroservice e HM Hotéis, ultrapassa os R$ 300 milhões arrolados nos autos da recuperação judicial. Não entram nessa conta as dívidas com o fisco, por exemplo.
Henry Maksoud Neto, neto do fundador da marca morto em 2014, administrou o hotel em seus últimos anos. Ele trava uma briga com o pai, Cláudio Maksoud, e o tio, Roberto Maksoud, pela herança.
Hóspedes ilustres
O Maksoud foi inaugurado em 1979 e, desde então, contou com hóspedes ilustres como a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, o então secretário-geral da ONU Kofi Annan, o cantor João Gilberto, e as bandas de rock Rolling Stones e Guns N’Roses.
O hotel também já recebeu shows de Frank Sinatra e Julio Iglesias. A estimativa da companhia é de que mais de 3 milhões de pessoas tenham se hospedado ali em 42 anos de operação.
Com informações do Globo