O fosso da desigualdade no Brasil se aprofundou desde a chegada de Jair Bolsonaro (PL), que pregou uma política negacionista que levou mais de 616 mil brasileiros à morte e outros milhares de volta ao mapa da fome e à miséria.
Dados do relatório The World Inequality Report 2022, divulgado nesta terça-feira (7) pelo World Inequality Lab, co-dirigido pelo economista Thomas Piketty, mostra que no Brasil a burguesia que representa 1% da população controla mais de 50% da riqueza nacional. Por outro lado, os 50% mais pobres detém apenas 1% dos bens do país.
Segundo o estudo, a desigualdade aumentou entre 2019, quando os 10% mais ricos detinham 58,6% da renda nacional. Hoje, esse pequeno grupo controla 59% da economia. A metade mais pobre, que concentrava 10,1% agora detém 10%.
Nos Estados Unidos, segundo o levantamento, os 10% mais ricos controlam 45% da renda nacional. Na China, essa parcela recebe 42% dos rendimentos do país.
O estudo, desenvolvido por Piketty, usa dois indicadores principais para medir a desigualdade: renda, que é a soma de tudo que um indivíduo recebeu ao longo de um ano, e riqueza, que agrega o estoque de acumulação de capital, como poupança e rendimentos.
O estudo cita que "desde os anos 2000, a desigualdade foi reduzida no Brasil e milhões de indivíduos tirados da pobreza, em grande parte graças a programas governamentais, como o aumento de o salário mínimo ou Bolsa Família", mas que a desigualdade de renda permaneceu praticamente inalterada.
Veja o estudo comparativo entre os países na íntegra