Depois de um juiz de 1ª instância ter negado o pedido de Sergio Moro para que o canal bolsonarista Terça Livre retirasse do ar um vídeo com acusações contra o ex-magistrado da Lava Jato, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) reverteu a decisão e emitiu ordem para que o material seja apagado pelo site de Allan dos Santos.
Nas imagens, o apresentador Fernando Melo afirma que Moro tem um dossiê que é usado pelo ex-ministro de Jair Bolsonaro para ameaçar e achacar adversários políticos. “Moro se tornou o grande articulador de uma operação do Judiciário e da polícia", diz Melo no vídeo.
Ainda que o Terça Livre tenha sido oficialmente fechado em outubro, após uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que ainda determinou a prisão e extradição de Allan dos Santos, fundador do site radical de apoio a Bolsonaro, que está foragido nos EUA, as imagens sobre o suposto dossiê de Moro seguiam no ar na manhã desta sexta-feira (31).
A primeira decisão do Judiciário, que negou a censura à gravação, chegou a ser muito comemorada pelas hostes extremistas que defendem o presidente nas redes sociais. Até Eduardo Bolsonaro, o filho 03 do atual ocupante do Palácio do Planalto, fez menção ao fato, que na sequência seria revertido pelo TJ. “Moro perde ação contra TL (Terça Livre) p derrubar vídeo ‘O PT quer derrubar André Mendonça’. Juiz disse q n cabe indenização, nem supressão de conteúdo (censura) e não dá direito de resposta pq Moro não formulou o pedido adequadamente. Moro ainda pagará custos à TL”, escreveu o parlamentar de ultradireita.