Uma história macabra, digna dos mais assustadores enredos de literatura policial, deixou a cidade Santos, no litoral de São Paulo, perplexa desde a noite de quarta-feira (29). Um corpo, enrolado num lençol branco e atado por fita adesiva, como uma múmia, foi deixado numa pacata rua do bairro residencial Vila Mathias, a menos de 100 metros de uma delegacia.
O caso, que botou medo na população do município litorâneo e repercutiu em todo o Brasil, segue envolto em mistério. A Polícia Civil paulista apenas confirmou que o cadáver é de um homem, com algumas tatuagens, mas até agora não conseguiu identificá-lo.
De acordo com testemunhas, um carro preto, escoltado por uma moto, chegou à rua Doutor Edgard Boaventura por volta das 20h e seus ocupantes passaram a manusear o “embrulho”, como se fossem colocá-lo no contentor de lixo público. No entanto, no mesmo instante, o caminhão de coleta de resíduos chegou à rua para esvaziar as lixeiras, o que teria assustado os criminosos, que então deixaram o corpo empacotado estirado no meio da pequena via.
De acordo com os agentes do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), a vítima apresentava sinais de enforcamento e um ferimento expressivo na cabeça, na região da nuca. O que causou mais estranhamento nos policiais foi o pacote feito com muito cuidado pelos assassinos, como nos filmes. O lugar planejado para dispensar o cadáver também desperta curiosidade, já que a rua Doutor Edgard Boaventura é um pequeno “beco” totalmente residencial, que numa das extremidades se conecta com uma via sem saída, localizada a uma quadra do 2º Distrito Policial, que mantém em suas dependências a cadeia pública feminina da cidade.
Os investigadores seguem colhendo provas e levantando informações para, primeiramente, identificar a vítima, e posteriormente chegar aos autores do homicídio e da desova do corpo. No bairro, assim como em toda a região, o misterioso caso da ‘múmia’ deixada no meio da rua intriga os moradores.