A cidade de São Paulo inicia nesta sexta-feira (24) a vacinação da população contra a gripe (H1N1).
Porém, neste momento a vacina será aplicada no grupo prioritário, que são as gestantes, puérperas, lactantes, idosos acima dos 60 anos e crianças de 6 meses a 5 anos.
De acordo com ao Secretaria Municipal de Saúde, a campanha será ampliada quando uma nova remessa de doses chegar.
A campanha acontece em todas as 469 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital, das 7h às 19h.
Epidemia: influenza H3N2
Além da pandemia do coronavírus, que causa a Covid-19, o Brasil vivencia neste momento uma epidemia do vírus Influenza, que causa a gripe. Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador já registraram surto da doença.
Uma das explicações para o novo surto de Influenza é que as recentes campanhas de vacinação foram centralizadas na Covid-19. Além disso, a flexibilização no uso de máscaras também favorece o influenza.
“Estamos com uma epidemia importante de influenza, a maioria dos prontos socorros da cidade de São Paulo estão completamente abarrotados de pessoas com sintomas respiratórios”, revela Caseiro.
Marcos Caseiro também explica as diferenças e semelhanças dos sintomas do Influenza e da Covid.
“Os sintomas da Influenza e da Covid são muito parecidos que é o que nós chamamos de síndrome gripal. A síndrome gripal é o indivíduo que tem a febre, tosse, dor no corpo, encefaleia, dor muscular. Então esses sintomas se confundem muito com a Covid”, explica Caseiro.
O médico também destaca que “é fundamental que indivíduos com síndrome respiratória aguda (tosse e febre), procurem o serviço médico por dois motivos: a gripe tem remédio, que é o Tamiflu que, ainda que seja um remédio caro, é distribuído pelo Ministério da Saúde”.
Influenza: nova cepa está circulando
O epidemiologista Marcos Caseiro também explica que atualmente há uma nova cepa do Influenza circulando.
“Essa cepa que está circulando, é Influenza A, H3N2, e esses vírus vão sofrendo mutação todo os anos, por isso que a gente toma vacina todos os anos. Essa variante, a H3N2 surgiu em julho na Austrália, em cidade chamada Darwin, por isso chama Darwin (Influenza H3N2 cepa Darwin), essa cepa não está na vacina da gripe desse ano, então quem tomou a vacina não está seguro porque essa cepa não está contemplada nessa vacina. Essa informação é importante. Só teremos vacina pra essa cepa a partir de março”, diz Caseiro.
Por fim, Caseiro afirma que, de maneira individual, a melhor forma de se proteger é utilizar máscara.
“Então, como medida de proteção individual é continuar utilizando máscara e se o indivíduo apresentar sintomas respiratórios deve procurar um médico”, finaliza Caseiro.