Polícia do Rio matou quase 2 mil pessoas em 482 chacinas desde 2007, diz pesquisa

As ações representam 15% de todos os homicídios por intervenção policial no Grande Rio nos últimos 15 anos

Foto: Reprodução/TV Globo
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Levantamento realizado pelo Grupo de Estudos de Novos Ilegalismos (Geni), que reúne pesquisadores de segurança pública da Universidade Federal Fluminense (UFF), aponta que, desde 2007, a polícia do Rio de Janeiro foi responsável por quase 500 operações com alta grau de letalidade na região metropolitana. As ações provocaram a morte de quase 2 mil pessoas.

Os números exatos são 482 chacinas, com 1.962 mortos pela polícia. As ações representam 15% de todos os homicídios por intervenção policial no Grande Rio nos últimos 15 anos.

Apesar da determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), no sentido de impedir ações policiais em favelas durante a pandemia da Covid-19, o número de chacinas vem aumentando este ano.

Até o final de novembro, foram registrados 160 óbitos no Grande Rio, acréscimo de 27% em relação a 2020 inteiro.

Para cada policial morto em ação, 150 civis perdem a vida

Os números apresentam, ainda, a relação de mortes entre policiais e civis durante as operações com alta letalidade. Para cada policial vítima fatal, são 150 mortos. Nas 482 ações que resultaram em chacinas, 13 policiais foram assassinados.

Entre o mês de janeiro de 1998 e março de 2021, 20.957 pessoas morreram em confronto com a polícia no Estado do Rio. O número equivale a uma morte a cada dez horas, em média, nestes 23 anos. Os dados são do Instituto de Segurança Pública (ISP).

Com informações do UOL

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