A falta de políticas públicas do governo de Jair Bolsonaro em todos os setores é responsável por um cenário trágico na educação do país, principalmente durante o período da pandemia do coronavírus.
Um levantamento promovido pela entidade Todos Pela Educação sobre evasão escolar mostra que o Brasil tem o maior número de crianças de 6 a 14 anos fora da escola dos últimos seis anos.
O estudo, baseado nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), concluiu que, no segundo trimestre de 2021, 244 mil crianças e jovens dentro desta faixa etária não frequentaram as aulas.
“O descaso dos governos é o responsável por esse quadro. Especialmente a falta de coordenação do governo federal. E é triste ver que, em muitos estados e municípios, os recursos da educação não foram investidos, descumprindo a Constituição”, reflete Daniel Cara, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).
O material aponta, também, que o percentual de crianças e jovens de 6 a 14 anos matriculados no Ensino Fundamental ou no Ensino Médio atingiu 96,2%, o menor valor desde 2012. Em 2019, esta taxa era de 98,0%.
No segundo trimestre deste ano, foi registrado aumento de 171,1% no número de crianças e jovens, dessa faixa etária, fora da escola no 2º trimestre de 2021, em relação ao mesmo período de 2019, por exemplo.
As informações foram publicadas na nota técnica “Taxas de atendimento escolar da população de 6 a 14 anos e de 15 a 17 anos”, com dados da PNAD Contínua/IBGE do segundo trimestre de 2021, de acordo com O Globo.
Confira os dados em relação aos jovens de 15 a 17 anos
Em relação ao caso de jovens de 15 a 17 anos, continuou a tendência de queda no percentual dos que estão fora da escola, alcançando 4,4% no 2º trimestre deste ano.
O Brasil registrou, no segundo trimestre de 2021, 407,4 mil jovens de 15 a 17 anos fora da escola antes de ter completado o Ensino Médio.
“Acompanhar estes indicadores é essencial para o monitoramento da garantia do direito à Educação de todas as crianças e jovens”, destaca a nota técnica, publicada nesta quinta (2).