Bolsonaro diz que demitiu equipe do Iphan por causa de interdição em loja da Havan

Sem qualquer constrangimento, presidente contou ainda que não conhecia órgão federal e pediu para que ministro explicasse o que era “Iphan com ph”. Declaração vergonhosa gerou aplausos na plateia da Fiesp

Foto: Carolina Antunes (Presidência da República)
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Jair Bolsonaro deu mais uma de suas declarações absurdas, e que por vezes assumem até atos ilegais por parte do presidente, durante uma cerimônia na tarde desta quarta-feira (15) na Fiesp. Desta vez, o chefe do Executivo federal contou, rindo, que demitiu uma equipe do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) porque os servidores paralisaram uma obra da loja Havan, de seu amigo Luciano Hang, após encontrarem azulejos antigos nas escavações da obra.

Ao narrar a história, Bolsonaro revelou ainda que não sabia sequer o que era o Iphan e que seu “ministro da pasta” teve que explicar o que era e para que serve o setor federal responsável pelo patrimônio histórico e artístico brasileiro.

“Há pouco tempo tomei conhecimento que uma obra, de uma pessoa conhecida, o Luciano Hang, que tava fazendo mais uma obra... E apareceu um pedaço de azulejo durante as escavações. Aí, chegou o Iphan e interditou a obra. Bem, eu liguei pro ministro da pasta... “Que trem é esse?”. Eu não sou tão inteligente como meus ministros. “O que que é Iphan, ‘ph’?”. Explicaram pra mim, tomei conhecimento e ripei todo mundo do Iphan... Botei outro cara lá. O Iphan não dá mais dor de cabeça pra gente”, contou, para delírio da plateia composta pelo empresário paulista, que aplaudiu calorosamente a história vexatória e que pode ser até uma confissão de ilegalidade, uma vez que o presidente da República não pode impedir funcionários públicos de exercerem suas funções, tampouco puni-los por isso.

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