Na manhã desta sexta-feira (5), cerca de 500 integrantes do Movimento Sem Terra (MST), juntamente com o Levante Popular da Juventude e o Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), ocuparam a entrada da Samarco, em Mariana, Minas Gerais, para denunciar o modelo de morte da mineração implantado no país.
Com o lema "O lucro não vale a vida", o protesto também teve como objetivo criticar a impunidade frente aos crimes cometidos pela Vale, Samarco e BHP no estado. Hoje, completou seis anos do rompimento da barragem de Fundão, maior crime ambiental da história do Brasil, que matou 19 pessoas e condenou o Rio Doce à lama da nascente à foz.
O desamparo estrutural das comunidades atingidas é uma das principais consequências da catástrofe, desde a falta de moradia, o não reconhecimento como atingidos e a não reparação integral, até a possível prescrição do crime, quando este deveria ser algo imprescritível.
A insegurança jurídica é outro problema enfrentado pelas vítimas. Em outubro, completaram-se 5 anos do Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), firmado em março de 2016, que prevê a reparação de danos ambientais e a indenização pelas perdas e pelos danos causados pelo crime. No entanto, na fase de negociação extrajudicial, o processo ocorre de forma lenta, desigual e injusta.