Grupo suspeito de vender carne de cavalo para restaurantes é preso em Caxias do Sul

O coordenador do Gaeco – Segurança Alimentar, afirmou que o grupo distribuía em torno de 800 kg semanais em forma de hambúrgueres e bifes

Carnes abatidas clandestinamente em Caxias do Sul — Foto: Tiago Coutinho/Imprensa MPRS
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Um grupo suspeito de abater clandestinamente animais e vender a carne, entre elas de equinos, para restaurantes em Caxias do Sul (RS), foi alvo, na manhã desta quinta-feira (18), de operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS). Até as 7h30, seis pessoas foram presas.

São cumpridos ainda 15 mandados de busca e apreensão na cidade além dos mandados de prisão.

Através de conversas interceptadas com autorização da Justiça, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP apurou que a quadrilha abastecia estabelecimentos da cidade com grandes quantidades de carne, em forma de hambúrgueres e bifes, provenientes do abate clandestino de equinos.

DNA de cavalo

A suspeita foi confirmada por meio da realização de perícias em duas hamburguerias de Caxias do Sul, em cujos lanches foi encontrada presença de DNA de cavalo. Também eram misturadas carnes de peru e suíno.

O fiscal agropecuário e supervisor regional da Secretaria Estadual da Agricultura Willian Smiderle, que acompanhou a operação, afirmou que foram localizados pontos de abate e locais onde eram enterradas as carcaças e ossos que restavam dos animais.

"Localizamos pontos de abate de equinos, sem registro, sem identificação de inspeção sanitária. Então havia o recebimento de animais sem origem aqui no local, que eram abatidos, depois a carne era fracionada, eram feitos cortes, pra entrega para estabelecimentos que utilizam essa carne", diz.

800 kg semanais

O promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, coordenador do Gaeco – Segurança Alimentar, afirmou que o grupo distribuía em torno de 800 kg semanais.

O grupo, de acordo com o MP, não possui autorização para o abate e a comercialização de nenhum tipo de carne. As atividades de abate, beneficiamento, armazenamento e comercialização ocorriam sem qualquer fiscalização.

Com informações do G1