Jair Bolsonaro mudou de ideia e afirmou, nesta quarta-feira (6), que agora quer depor pessoalmente no inquérito que investiga suposta interferência do presidente na Polícia Federal (PF). Ele, inclusive, já avisou ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre sua pretensão.
A Corte analisaria, nesta quarta, uma solicitação de Bolsonaro para depor por escrito. Porém, com a mudança de posicionamento do presidente, o caso não chegou a ser julgado.
Em outubro de 2020, o STF iniciou apreciação sobre o caso da PF. À época, o relator era o ministro Celso de Mello, que declarou não ser admissível a concessão de “privilégios” e “tratamento seletivo” e defendeu que Bolsonaro fosse depor presencialmente à polícia.
Alexandre de Moraes, substituto de Celso de Mello na relatoria, negou o pedido do presidente para não depor, justificando que caberia ao plenário definir como seria o interrogatório, se presencial ou por escrito.
O caso
A investigação a respeito de denúncias do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, sobre interferência de Bolsonaro na PF corre desde abril de 2020 e foi prorrogada inúmeras vezes. Trata-se de um dos quatro inquéritos contra o presidente no STF.
Moro acusou o presidente de ter trocado o comando da PF para conseguir acesso a investigações do órgão. A gota d´água foi a demissão do delegado Maurício Valeixo, que tinha sido escolhido por Moro para direção-geral da instituição.
Com informações do UOL