Será publicada no Diário Oficial da Bahia neste sábado (16) a alteração no decreto que prevê um prêmio especial aos policiais civis e militares que apreenderem armas no estado. Por decisão do governador Rui Costa (PT), os membros das forças de segurança pública estaduais passarão a receber um valor quadruplicado para cada arma ilegal apreendida.
Pelo novo texto, armas de fogo de uso permitido, que antes valiam R$ 300, agora serão recompensadas com R$ 1.200 a serem divididos pela equipe que apresentar a ocorrência. No caso de apreensão de armas de uso restrito, o valor passa de R$ 600 para R$ 2.400, enquanto os fuzis, metralhadoras e explosivos, os mais valiosos, passam a render R$ 6.000 (antes a recompensa era de R$ 1.500).
"A nossa polícia trabalha com inteligência e determinação. Portanto, merece nosso reconhecimento e valorização. Estamos multiplicando por quatro o valor do prêmio que é pago por apreensão de armas na Bahia, com o objetivo de estimular este trabalho fundamental no enfrentamento da criminalidade", disse Rui Costa.
Ricardo Mandarino, secretário de Segurança Pública da Bahia, afirmou em entrevista que a nova política é um estímulo para que policiais se empenhem nas buscas e diligências que resultem em apreensões de armas, que para o chefe da pasta devem ser de uso exclusivo das polícias.
"Quem tem que andar armada é a polícia, porque ela usa arma para proteger o cidadão. Arma na mão de pessoas privadas despreparadas não é proteção, é risco", afirmou Mandarino.
Os incentivos, ao que tudo indica, vêm dando resultando. Na última quinta-feira (14), policiais militares apreenderam um verdadeiro arsenal no Bairro Arenoso, em Salvador, composto por uma carabina .40, dois fuzis (um 5.56 e um 7.62), uma escopeta calibre 12, uma submetralhadora artesanal, carregadores de armas e munições, além de dois mil pinos de cocaína, 17,5kg de maconha e 2kg de pasta-base de cocaína.