A comunidade LGBT de Aracaju (SE), assim como do resto do Brasil, ficou indignada com o caso de uma travesti que foi enterrada, na capital sergipana, em trajes masculinos e até com um bigode. Segundo ativistas pelos direitos das pessoas trans, a família foi quem determinou que Alana fosse vestida daquela forma, já que não aceitava sua orientação sexual.
"Isso é um crime, não é porque é da família que tenha legitimidade de praticar a transfobia (sic)", publicou indignada em seu perfil de Instagram a vereadora trans de Aracaju Linda Brasil (PSOL).
Quem também protestou contra o ocorrido foi Jéssica Taylor, dirigente da instituição Transunides, que realiza ações sociais junto à comunidade transexual da capital de Sergipe.
"Lana foi desrespeitada pela família, que colocou até um bigode nela e a enterrou de terno, indo contra a sua identidade de gênero. A família não aceitava a orientação sexual dela. Eu achei uma violência", disse.
A ativista lembrou ainda que as dificuldades pelas quais o grupo social passa não se limitam, muitas vezes, à vida. "Só quem é trans sabe o que já passou até conseguir assumir a identidade. Nem na grande despedida, que é a morte, ela foi respeitada. Lana morreu de tristeza", concluiu.