Justiça isenta traficante picado por naja de pagamento de despesas do zoológico

Vara do Meio Ambiente do Distrito Federal usou argumento técnico para livrar Pedro Henrique Krambeck Lehmkuhl do pagamento de 5 mil reais por cada uma das serpentes apreendidas em sua casa, e que passaram a ser cuidadas pelo zoo

Naja de Brasília (foto: Zoológico de Brasília)
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A Vara do Meio Ambiente e Desenvolvimento do Distrito Federal decidiu nesta terça-feira (5) isentar o estudante de veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, preso em julho de 2020 por tráfico de animais, do pagamento de 5 mil reais por cada uma das serpentes apreendidas em sua casa.

Pedro Henrique, um estudante de veterinária de 22 anos, foi descoberto após ser picado por uma cobra naja que ele mantinha ilegalmente em casa, situação que quase o levou à morte.

Ao vasculhar sua casa a Polícia do Distrito Federal encontrou várias serpentes que eram mantidas em cativeiro de forma ilegal, além de indícios de que Pedro Henrique mantinha o esquema de tráfico de animais.

As serpentes foram levadas à Fundação Jardim Zoológico de Brasília, que passou a cuidar dos animais, e por isso mesmo solicitou à Justiça que o traficante realizasse o pagamento dos custos por esse trabalho, mas o juiz da Vara do Meio Ambiente e Desenvolvimento do Distrito Federal entendeu que o instrumento processual utilizado para fazer o pedido não é compatível.

A Fundação Jardim Zoológico de Brasília solicitava o pagamento de 5 mil reais por cada serpente apreendida na casa do estudante, e que passou a ser cuidado pelo zoológico, incluindo a naja que picou Pedro Henrique.