Novo recorde: Dívida bruta do setor público explode e chega a 89,3% do PIB em 2020

As perdas estão relacionadas ao maior déficit no setor público da história, que alcançou R$ 703 bilhões (9,49% do PIB) no ano passado

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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Os índices econômicos em tempo de Bolsonaro mostram um cenário nada animador para os brasileiros. A dívida bruta do setor público, por exemplo, atingiu o nível recorde de 89,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Os dados, que representam rombo de R$ 6,615 trilhões, foram anunciados pelo Banco Central, nesta sexta-feira (29).

As perdas estão relacionadas ao maior déficit no setor público da história, que alcançou R$ 703 bilhões (9,49% do PIB) no ano passado. 

O grau de endividamento já era crescente no início de 2020. Porém, a situação piorou por falta de planejamento do governo federal, que não se programou para os gastos com saúde e o pagamento do auxílio emergencial, benefício criado para minimizar os efeitos econômicos da pandemia do coronavírus.

Em janeiro do ano passado, ou seja, antes da pandemia, a dívida já estava em 74,6%, do PIB e chegou a 89,1% em outubro. Ao todo, o aumento foi de 15 pontos percentuais. 

Em relação à dívida líquida, que desconta os ativos do governo, cresceu e alcançou 63% do PIB, em dezembro, o que representa alta de 1,3 ponto percentual se comparado ao mês anterior. 

Inflação

O panorama econômico difícil se reflete, também, em outros números. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação de preços de produtos na saída das fábricas, fechou 2020 com uma inflação de 19,40%.

A alta de preços é a maior registrada desde o início da série histórica da pesquisa, em 2014.