A política econômica comandada por Paulo Guedes, ministro da Economia de Jair Bolsonaro, promete prejudicar ainda mais a vida do trabalhador brasileiro. O preço do gás de cozinha pode ser vendido entre R$ 150 e R$ 200, ainda em 2001.
A estimativa é de Alexandre Borjaili, presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de Gás Liquefeito do Petróleo (Asmirg).
Em entrevista a Tácio Lorran, do Metrópoles, Borjaili criticou a política de preços da Petrobras, principal produtora do país. Ele avaliou que os mais prejudicados com as seguidas altas de preços são as famílias de baixa renda.
“Se persistirem esses aumentos consecutivos, sem limites, a previsão é de que o gás de cozinha chegue logo a R$ 150. Vai ser um pulo. Já para chegar a R$ 200 depende dessa política de preços”, projetou.
“Os ministros de Minas e Energia e da Economia prometeram, publicamente, que o preço do gás iria cair até 40% ou 50%, mas, desde então, o valor só sobe. E não há qualquer previsão de redução”, avaliou Borjaili.
“Pelo contrário, o que temos é aumentos consecutivos. A Petrobras não passa um mês sem aumentar ao menos 5% do combustível vendido às refinarias e, alinhado a isso, tem o aumento dos estados via ICMS”, acrescentou.
Sem gás
“Nós vendemos em média 35 milhões de botijões de gás todo mês. O país tem 15 milhões das famílias no Bolsa Família que vivem com uma renda per capita de até R$ 87. Então, nem gás podem comprar”, criticou Borjaili.
“Logo, esse aumento prejudica sobretudo a população mais vulnerável. Não é a classe A que precisa do gás de cozinha. Quem precisa é quem tem que fazer arroz, feijão, mingau todos os dias. É um desrespeito”, completou.