A Embraer anunciou nesta quinta-feira (3) a demissão de 900 funcionários, o que correspondente a 4,5% do total de empregados da empresa. De acordo com a fabricante nacional do setor aéreo, as demissões foram ocasionadas pelos impactos da pandemia de coronavírus na economia global e pelo cancelamento do negócio com a Boeing, dos Estados Unidos.
A gigante estadunidense da fabricação de aviões acertou a compra de parte da Embraer, uma de suas rivais, em negociação que teve aval do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes. No entanto, também duramente atingida pela crise do coronavírus, a Boeing desistiu unilateralmente do negócio.
Ainda segundo a Embraer, o objetivo das demissões é assegurar a sustentabilidade e a capacidade de engenharia da companhia, afetada principalmente na aviação comercial, que teve redução de 75% das entregas de aeronaves no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.
A empresa afirmou ainda que a situação piorou com os custos da duplicação de estruturas para atender a separação da aviação comercial da militar, em preparação para o negócio não concretizado por iniciativa da Boeing, e pela falta de expectativa de recuperação do setor de transporte aéreo.
A Embraer destacou ainda que reduziu jornada, deu férias coletivas e licença remunerada e fez três planos de demissão voluntária (PDV), desde o início da pandemia. A empresa reduziu o trabalho presencial nas unidades industriais. Os PDVs somam uma adesão de 1.600 funcionários no Brasil.
Com informações do Valor