Polícia Militar do Rio tem R$ 2,8 mi em contratos irregulares com empresas de PMs

Empresas ligadas a agentes da corporação foram aprovadas em licitação realizada em 2017

Foto: PMERJ
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Levantamento revelado nesta sexta-feira (18) pela Folha de S. Paulo aponta que a Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) fechou em 2017 contratos que totalizam R$ 2,8 milhões com empresas que pertencem a policiais militares ou familiares. Desse montante, R$ 1 milhão já foi pago.

Segundo reportagem de Ana Luiza Albuquerque, o contratos foram fechados após edital que tinha como objetivo credenciar empresas especializadas para o fornecimento de serviços de manutenção veicular da frota da corporação. Na chamada pública ressaltava o impedimento de servidores da PM, conforme determina a lei de licitações.

Mesmo assim, seis empresas de agentes da corporação e familiares foram credenciadas para manutenção veicular e mais de R$ 1 milhão já foi liquidado.

Três das seis empresas estariam ligadas a um mesmo policial militar. Em duas ele aparece como sócio da mãe e em outra o registro está no nome da irmã. Dos R$ 2,8 milhões, R$ 1,3 mi foram para esses empresas, com R$ 326 mil já liquidados.

Uma dessas foi alvo de processo administrativo da PM, a DMR Comércio de Pneus. No registro do CNPJ, aparece o nome do policial militar Alexsandro Raimundo. Raimundo já foi alvo, em 2015, de operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que apontava participação dele em quadrilha que comercializa produtos falsificados.

A PM afirmou à Folha que as irregularidades não foram verificadas à época do credenciamento, que já foram instaurados procedimentos e que os responsáveis responderão a processo disciplinar.