Proprietária de uma loja de roupas em Santa Catarina, a estudante de Educação Física Giovanna Nunes está sendo acusada nas redes sociais de apropriação cultural. Sua loja, a Mon Amour Boutique, vende roupas que carregam diversos elementos da cultura negra, inclusive estampas sobre as artistas negras Beyoncé e Rihanna. Giovanna, no entanto, é branca e utiliza majoritariamente modelos brancas para expor suas roupas.
Para se defender das acusações, a empresária publicou vídeos no Instagram nesta semana dizendo que se reconhece como negra e que, por conta disso, "sempre vai se apropriar" da cultura negra. A resposta viralizou e foi criticada nas redes sociais, especialmente pelo fato de que, em outro vídeo, Giovanna diz saber os privilégios de ser branca e ter a pele clara.
"A Mon Amour Boutique é uma empresa de pessoas pretas. A minha mãe é preta, ela é uma das donas da loja. O meu padrasto é preto, meu irmão é preto, eu me entendo como preta. Eu vou sempre me apropriar da cultura negra, porque é o que a gente vive, é que a gente é. E eu posso vender isso com propriedade", disse Giovanna.
Em outro vídeo, no entanto, Giovanna se contradiz e afirma ser branca. "Eu sei o privilégio ter a pele clara, eu sei o privilégio de ser branca", diz.
No Instagram, ela também ironizou as críticas que recebeu em relação às modelos que usa para expor as roupas de sua loja. "Tirando eu, que sou negra, todos os editoriais que eu já fiz para a loja, todos eles têm meninas pretas. Não é uma no meio de cinco, a maioria é menina preta", disse. O que se vê nas fotos do perfil da Mon Amour Boutique no Instagram, no entanto, são modelos majoritariamente brancas.
Confira: