O publicitário e ex-apresentador de TV Roberto Justus vai abrir em outubro uma empresa financeira em conjunto com o sócio de uma gestora de valores criada por Paulo Guedes. A “holding” vai se chamar Legend Capital, segundo a jornalista Mariana Barbosa publicou em O Globo.
O sócio de Justus é Sergio Eraldo Salles, que é dono da gestora Crescera, criada por Paulo Guedes.
Mas as ligações da empresa com o ministro não terminam aí. Um braço da nova financeira, dedicado a investimentos, será formado por agentes autônomos e “plugado” na plataforma do BTG Pactual digital. O banco, como se sabe, teve em Guedes um de seus fundadores, na década de 1980.
Justus é um admirador declarado do “Posto Ipiranga” de Bolsonaro desde a época da campanha, em 2018. “Genial, culto, inteligente, visionário” foram algumas das palavras que ele usou para descrever o ministro no ano passado, em uma entrevista. “Um cidadão do mundo. É um cara que eu adoraria que fosse presidente da República”, defendeu ele na época.
Um dos focos da empresa de Justus será consultoria na gestão de fortunas.
Com isso, provavelmente, “as domésticas [que] estavam indo para a Disney [com o dólar baixo], uma farra”, nas palavras de Guedes, não serão potenciais clientes da holding. Nem os servidores públicos mais atingidos com a reforma administrativa enviada pela equipe do ministro ao Congresso, que deixou de fora juízes, promotores, militares e procuradores.