A Polícia Civil de Minas Gerais afirmou que Edson Venâncio, responsável por gravar um vídeo em que alega desabastecimento na Ceasa de Belo Horizonte, no início da pandemia, tinha a intenção de enganar.
A gravação chegou a ser compartilhada nas redes sociais pelo presidente Jair Bolsonaro, que aproveitou para acusar governadores de promover "fome, desemprego e caos" na pandemia. O conteúdo do vídeo, no entanto, logo foi desmentido pela imprensa e o ex-capitão apagou a publicação. O caso ocorreu no dia 1º de abril.
De acordo com repórteres que foram até o local na época em que o vídeo foi divulgado, as atividades da Ceasa estavam normais e não existia risco de falta de produtos.
A direção da companhia também ressaltou que não havia risco de desabastecimento na cidade, nem no estado, pelo contrário: alguns produtos estavam em excesso por causa da baixa procura em meio à pandemia. Alguns comerciantes relataram melhora nas vendas.
De acordo com o G1, Edson foi enquadrado na Lei de Contravenções Penais, por “provocar alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente ou capaz de praticar ato capaz de produzir pânico ou tumulto”.