Um abaixo-assinado online pede que a extremista Sara “Winter” Giromini seja processada por expor em redes sociais os dados da criança de 10 anos estuprada pelo tio por quatro anos, que engravidou. A petição já ultrapassou de 100 mil assinaturas e sua meta são 150 mil apoios. A assinatura pode ser feita clicando aqui.
A comunidade católica Porta Fidei também é apontada como divulgadora dos dados e, por isso, o documento pede que ela seja também processada. Para os autores do abaixo-assinado, a divulgação colocou a segurança da menina em risco.
No texto, os autores do movimento dizem que Sara e a Porta Fidei postaram o nome da criança em suas redes sociais e o hospital onde seria feita a interrupção de sua gravidez. Com isso, ativistas contra o aborto foram à porta do local para tentar impedir o procedimento. Por esse motivo, lembra o texto, a menina e sua avó tiveram que entrar no hospital no porta-malas de um carro.
Apesar de ser do Espírito Santo e possuir autorização judicial para o aborto, a menina teve que ir a Pernambuco para passar pelo procedimento.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) garante à criança o direito ao sigilo para assegurar sua inviolabilidade física e moral. E é com base nessa premissa que o abaixo-assinado pede que a Porta Fidei e Sara Giromini sejam processadas. O documento finaliza dizendo que a divulgação atentou “contra a segurança de um vulnerável”.
Questionamento ao Twitter
O Coletivo Intervozes encaminhou nesta segunda-feira (17) ao Twitter um pedido de informações a respeito da moderação do perfil de Sara Giromini. O ofício se baseou na divulgação que ela fez do nome da menina estuprada pelo tio e hospital em que foi submetida à interrupção da gestação. Os dados foram depois apagados.
No ofício, o coletivo pede a implementação dos termos de uso da plataforma social, de aplicação de suspensão ou encerramento de conta em virtude de conduta ilegal. O documento lembra o direito à privacidade de crianças garantido pelo ECA.
A conta de Sara no Instagram foi removida. No Twitter, há uma mensagem diz que o perfil de Sara Winter foi retido no Brasil, e em todo o mundo, em resposta a uma “demanda legal”.