Desde o início deste 2020, as queimadas tem sido uma constante no Pantanal brasileiro, mas só com os números é possível ter uma dimensão exata da tragédia. E esses números tem se tornado mais desastrosos nos últimos meses, devido à seca extrema na região.
Segundo dados do sistema de alerta rápido da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a partir de sensores da NASA (sigla em inglês da Agência Espacial dos Estados Unidos), entre os dias 1º de janeiro e 13 de agosto o Brasil perdeu 1,55 milhão de hectares consumidos pelas chamas.
Este número equivale a 10 cidades com o tamanho de São Paulo (maior metrópole brasileira) destruídas pelo fogo, em apenas 8 meses.
Também significa um aumento gigantesco do fogo na região. Em comparação com o mesmo período em 2019, foram queimados 360 mil hectares, cerca de 5 vezes menos que neste ano.
Segundo os cientistas, situação pode levar a danos permanentes no ecossistema da região. “O clima está mudando a biosfera ali daquela região, ela vai mudar e pode se transformar em um outro tipo de vegetação, em um outro tipo de ecossistema”, explica Renata Libonati, pesquisadora da UFRJ.