Caso Naja: Coronel da PM padrasto de preso por tráfico de animais é sócio de quatro empresas

A prática é proibida a PMs que não se aposentaram. Clovis Eduardo Condi é suspeito de dificultar as investigações sobre tráfico internacional de animais

Foto: Reprodução
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O tenente-coronel da Polícia Militar Clovis Eduardo Condi (foto), suspeito de dificultar as investigações sobre tráfico internacional de animais, é sócio de quatro empresas na capital do país. A prática é proibida a PMs que não se aposentaram.

Clovis é padrasto de Pedro Henrique dos Santos Krambeck, 22 anos, preso por suspeita de ser “traficante de animais silvestres e não mero colecionador”, que foi picado por uma naja no Distrito Federal.

De acordo com a Lei nº 7.289, de 18 de dezembro de 1984, ao policial militar da ativa “é vedado comerciar ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio”. A única exceção é para militares acionistas ou quotistas em sociedade anônima, o que não se aplica ao caso do oficial da corporação brasiliense.

Os dados mostram que o militar firmou a primeira parceria comercial em 27 de junho de 1995. O capital social de suas propriedades soma R$ 436 mil.

Clovis aparece como dono de uma panificadora no Guará cujo capital social é de R$ 6 mil e o faturamento anual chega a R$ 240 mil. Considerada microempresa, a Pão do Cerrado tem nove funcionários.

As outras três empresas do coronel são lojas da rede internacional de fast-food Subway. Elas estão localizadas na Feira dos Importados, no shopping Florida Mall do Guará e no Terraço Shopping, na Octogonal.

Com informações do Metrópoles