A empresa israelense de espionagem NSO Group, responsável por hackear perfis em diversos locais do mundo, inclusive no Brasil, foi denunciada pelo Facebook na Justiça e pode ter que divulgar o nome dos políticos que a contrataram.
Na quinta-feira (16), a juíza Phyllis Hamilton, da Califórnia, rejeitou as alegações preliminares da NSO sobre a legalidade do processo e decidiu que a denúncia pode prosseguir.
De acordo com a denúncia de Zuckerberg, a NSO Group criou várias contas de Facebook e WhatsApp, entre janeiro de 2018 e maio de 2019, período eleitoral no Brasil, com o objetivo de utilizá-las para espionar celulares.
A empresa é dona do Pegasus, software que teria sido negociado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) em reunião do Alto Comando no Quartel General, em 7 de junho de 2019.
De acordo com reportagem de Mino Pedrosa, no QuidNovi, o general Santos Cruz teria sido demitido pelo presidente Jair Bolsonaro a pedido Carlos por criar obstáculos para a aquisição do Pegasus. O ministro queria evitar os interesses de Carlos em montar um aparato de inteligência paralelo à Abin.