Líder da etnia Kayapó, o cacique Raoni Metuktire, de 89 anos, tem um de saúde estável e aguarda novos exames, de acordo com comunicado do Instituto Raoni divulgado neste domingo (19). Principal liderança indígena do país, ele está internado desde a última quinta-feira (16) em um hospital de Colíder, a 648 km de Cuiabá, no Mato Grosso.
"Gostaríamos de comunicar que hj (domingo-19), o cacique Raoni permanece internado, com quadro estável de saúde, aguardando novos exames", afirmou o instituto. Ele já testou negativo para coronavírus.
Raoni começou a mostrar sintomas de desidratação há pouco mais de uma semana. Ele também sofreu uma hemorragia digestiva. Os problemas seriam decorrentes de um quadro depressivo, iniciado após a morte da mulher dele, Bekwika Metuktire, há um mês. Ela tinha diabetes.
Raoni vive no Parque Nacional do Xingu, em São José do Xingu, a 931 km de Cuiabá. O cacique é conhecido internacionalmente pela defesa dos direitos dos povos indígenas.
Em 1989, ele se reuniu com o cantor Sting no I Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, em Altamira (PA). Em 2012, Raoni foi recebido pelo presidente da França, François Hollande, no Palácio do Eliseu. Ele pedia a preservação da Amazônia e dos povos que vivem na região.
No ano passado, o cacique se encontrou com outro presidente francês, Emmanuel Macron, também em busca de apoio para a defesa da floresta. Ele também foi co Congresso Nacional pedir que os parlamentares bloqueiam políticas do presidente Jair Bolsonaro prejudiciais para a Amazônia e para os povos indígenas.