O estudante Braz Cardoso Neto foi expulso do curso de relações internacionais da USP (Universidade de São Paulo) após fraudar cotas raciais e sociais. Este foi o primeiro julgamento de fraude da história da universidade em 193 anos de existência.
O estudante alegou ser pardo, ter ascendência negra e ser de baixa renda, mas falhou em comprovar a declaração. A decisão foi unânime, mas, mesmo assim, ainda cabe recurso e o caso pode parar no Judiciário.
O jovem enviou à comissão responsável fotos de pessoas negras que alegou serem seus avós, mas não compartilhou com os membros do comitê dados que comprovassem parentesco. Além disso, a ascendência não é critério para inclusão na política de cotas da universidade.
Apesar de ter alegado renda familiar de R$ 4.000 para quatro pessoas, o estudante viajava constantemente, inclusive para fora do país e, segundo oitivas de colegas de turma, seu meio de transporte era um carro particular.
O estudante alegou à comissão utilizar transporte público para o trajeto para a universidade e que a viagem a Miami, registrada em fotos nas suas redes sociais, foi um presente à mãe.
Com informações da Folha