Coco Bambu, rede de empresário bolsonarista, demite 1500 funcionários em meio à pandemia

Trabalhadores foram demitidos após fim da suspensão do contrato, permitida através de Medida Provisória que, em tese, seria para manter os empregos

Foto: Reprodução
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A rede de restaurantes Coco Bambu, do empresário bolsonarista Afrânio Barreira, demitiu essa semana 1500 trabalhadores de diferentes unidades - o que representa 20% de todo o seu quadro de funcionários. As informações são da Folha de S. Paulo.

Os funcionários demitidos estavam, desde abril, com seus contratos suspensos - ação permitida aos empregadores através da Medida Provisória 936, cujo objetivo principal, de acordo com o governo, seria manter os empregos em meio à pandemia do coronavírus.

Segundo a reportagem da Folha, alguns funcionários alegam que receberam menos do que deveriam na rescisão trabalhista. Há também quem diga que foi chamado para trabalhar mesmo durante o período em que seus contratos estavam suspensos.

“A gente recebe com muito espanto e fica até um pouco chateado porque fez tudo da forma mais correta possível”, disse ao jornal Ronald Aguiar, um dos sócios da rede, sobre as irregularidades apontadas pelos trabalhadores.

A Coco Bambu foi uma das empresas que doou para a campanha de Jair Bolsonaro em 2018. Um de seus donos, o empresário Afrânio Barreira, faz parte do Brasil 200, grupo de empresários que se diz apartidário mas que apoia Bolsonaro e, inclusive, incentiva manifestações contra a democracia. Compõem o grupo também Luciano Hang, da Havan, e Flávio Rocha, da Riachuelo.

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