Uma nova espécie do vírus zika estaria circulando no Brasil nos últimos meses, com o potencial de se transformar em uma segunda epidemia, simultânea a do coronavírus, que tem no país o seu epicentro mundial atual.
A informação surge a partir dos resultados de uma pesquisa de investigadores do Cidacs (Centro de Integração de Dados e Conhecimento em Saúde), publicada no Journal of Infectious Diseases, a qual afirma que se trata de um subtipo do vírus, de origem asiática.
O pesquisador Artur Queiroz, co-autor da investigação, afirma que “a principal descoberta é que vemos uma variação de subtipos e linhagens ao longo dos anos e em 2019, embora apareça uma pequena linhagem, que até então não havia sido detectada no país”.
Os cientistas alertam para o fato de que o país precisa se preparar para evitar que esta nova espécie do vírus se propague e leve o país a viver o cenário perigoso de ter duas epidemias acontecendo de forma simultânea.
O vírus zika é transmitido pelo mosquito aedes aegypti, vetor que já causou milhões de contágios na América Latina, em 2020.
Segundo a OPS (Organização Pan-Americana de Saúde, ligada à OEA, Organização dos Estados Americanos), a região já registra 1,6 milhão de casos de dengue neste ano, além de mais de 37 mil casos de chikungunya e mais de 7 mil casos de zika, todas doenças transmitidas pelo mesmo mosquito.
O informe da OPS não especifica quantos casos de cada uma dessas doenças foram encontrados no Brasil.