O dia 1º de julho foi o escolhido pelos trabalhadores de entrega por aplicativos para realizar a primeira greve nacional da categoria no Brasil.
Dentro de duas semanas, os entregadores de todo o país prometem parar durante 24 horas, em diversas cidades do país, para reivindicar às empresas responsáveis a garantia de melhores condições de trabalho para a categoria.
Os entregadores mobilizados defendem que sejam criadas garantias mínimas para os entregadores, como um salário melhor (incluindo uma renda mínima para cada entregador), redução da jornada e melhor assistência e segurança no trabalho, especialmente devido os perigos que enfrentam em meio à pandemia do novo coronavírus.
A maioria dos entregadores trabalham para aplicativos como Rappi, iFood, UberEats, Loggi e James, mas essas empresas travam uma batalha na Justiça para não reconhecer o vínculo empregatício, e os considera apenas como “parceiros”.
A categoria é um dos símbolos da precarização do trabalho, promovida no Brasil nos últimos anos, durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro.
Nesta segunda-feira (15), o Fórum Entrevista conversou com o entregador Paulo Roberto Lima, o Galo, um dos principais representantes do grupo de Entregadores Antifascistas, que explicou a luta da categoria por condições de trabalho mais dignas.