A Parada do Orgulho LGBTI de São Paulo costuma ser um dos eventos mais massivos do país, todos os anos, mas neste 2020, devido à pandemia do novo coronavírus, ela não poderá lotar a Avenida Paulista, como já acontece há mais de 20 anos.
A 24ª edição do evento acontecerá neste domingo (14), mas de forma virtual e será marcada por temas mais políticos e sociais, como a defesa da democracia e dos direitos das minorias. O slogan anunciado pelos organizadores para o evento, que promete muitas manifestações nas redes sociais, diz: “Seremos o pesadelo dos que querem roubar a nossa democracia”.
Como a frase já indica, as críticas ao governo de Jair Bolsonaro devem ser uma das tônicas da jornada. Renato Viterbo, vice-presidente da Associação Parada LGBT de São Paulo, explica que “o objetivo do ato é mostrar resistência para sobreviver, diante desse governo que acaba com direitos das minorias e principalmente perante a pandemia que nos deixou mais vulneráveis. Realizar a Parada em 2020, ainda que virtualmente, é mostrar que continuaremos lutando por pautas que atendam à comunidade LGBTI”.
Além disso, a Parada virtual também discutirá temas como racismo e políticas públicas para minorias, e celebrará o aniversário de um ano da resolução do STF (Supremo Tribunal Federal) que criminalizou a homofobia no Brasil, que aconteceu neste sábado (13).
Quem quiser acompanhar transmissão a partir das 14h deste domingo, no canal oficial da Parada LGBTI de São Paulo no YouTube. A apresentação será dos produtores Lorelay Fox, Louie Ponto, Spartakus Santiago e Nátaly Neri, e tem como atração mais esperada a cantora pop Katy Perry, que foi convidada pela organização. Entre as atrações nacionais estão Wanessa Camargo, Ivete Sangalo, Liniker e Gloria Groove.