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O ministro de Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou, nesta quarta-feira (27), a quebra de sigilo bancário e fiscal de Luciano Hang, o "véio da Havan". Além dele, outros três investigados, todos acusados de participar de esquemas de divulgação de notícias falsas, tiveram o sigilo quebrado e ameaçar o STF.
A decisão de Moraes foi tomada no inquérito das fake news que investiga esquemas de divulgação e financiamento de informações falsas. Também sofrem quebra de sigilo o empresário Edgard Corona, da rede de academias Smart Fit, o blogueiro Winston Rodrigues Lima e o humorista Reynaldo Bianchi Junior.
Também foi determinado o bloqueio das contas nas redes sociais de outras 17 pessoas investigadas por envolvimento com a disseminação de fake news. Moraes destacou que a garantia dos direitos individuais não pode ser absoluta se for motivo para impunidade.
Na decisão, o ministro ressalta que os investigados seriam "responsáveis pelo financiamento de inúmeras publicações e vídeos com conteúdo difamante e ofensivo ao Supremo Tribunal Federal; bem como mensagens defendendo a subversão da ordem e incentivando a quebra da normalidade institucional e democrática".
Moraes ressaltou ainda a ligação dos investigados com o chamado "Gabinete do Ódio" e a real ameaça às instituições democráticas: "As provas colhidas e os laudos periciais apresentados nestes autos apontam para a real possibilidade de existência de uma associação criminosa, denominada nos depoimentos dos parlamentares como 'Gabinete do Ódio', dedicada a disseminação de notícias falsas, ataques ofensivos a diversas pessoas, às autoridades e às Instituições, dentre elas o Supremo Tribunal Federal, com flagrante conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática".