Em meio à pandemia do coronavírus, governo Bolsonaro autoriza expulsão de quilombolas no Maranhão

Terras serão utilizadas pelo Centro Espacial de Alcântara. A medida deverá atingir cerca de 800 famílias de 30 comunidades da região

Comunidade Quilombola Itamatatiua, em Alcântara, no Maranhão (Agência Senado)
Comunidade Quilombola Itamatatiua, em Alcântara, no Maranhão (Agência Senado)
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O governo de Jair Bolsonaro publicou uma resolução nesta quinta-feira (26) no Diário Oficial que autoriza a remoção e o reassentamento de famílias quilombolas em Alcântara, no Maranhão. A medida poderá atingir 800 famílias de 30 comunidades da região.

"O país inteiro preocupado com a pandemia e o governo federal se articulando para fazer mais maldades contra o povo. Foi publicado no diário oficial resolução com diretrizes para expulsão de quilombolas em Alcântara/MA. Não aceitaremos tamanha injustiça. Lutaremos firmemente", disse o deputado Bira do Pindaré (PSB-MA), presidente da Frente Parlamentar Quilombola.

A resolução diz que a expulsão será comandada pela Aeronáutica e que terras serão utilizadas pelo Centro Espacial de Alcântara, pertencente à Força Aérea Brasileira (FAB). Mais de 12 mil hectares serão anexadas ao centro espacial.

De acordo com a coluna de Rubens Valente, no UOL, o governo Bolsonaro quer viabilizar a exploração da base para diversos países, cobrando uma espécie de aluguel pelo uso. O país já assinou um acordo com os EUA no ano passado para que utilize o local.

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