Jornalista diz que Clube Pinheiros proibiu atleta de falar sobre caso de racismo

Jovem negro, que é cubano e sobrinho de astro do esporte, foi confundido com pegador de bolinhas de tênis por Rodrigo Bocardi

Atleta de polo aquático do Clube Pinheiros (Reprodução)
Atleta de polo aquático do Clube Pinheiros (Reprodução)
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O jornalista Demétrio Vecchioli, do blog Olhar Olímpico, afirmou em ruas redes sociais nesta sexta-feira (7) que o Clube Pinheiros proibiu o atleta de polo aquático, Leonel Diaz, de dar entrevistas sobre o caso de racismo que sofreu nesta manhã. O jovem foi questionado durante entrevista ao Bom Dia São Paulo, da TV Globo, se estava indo ao clube "pegar bolinhas" de tênis. Ele respondeu, no entanto, que era atleta. A pergunta foi feita a pedido do apresentador Rodrigo Bocardi, que pratica tênis no clube. O questionamento foi visto como preconceituoso e racista, já que Leonel é negro e estava a caminho de clube de classe alta da cidade. “E eu tava achando que eram meus parceiros que me ajudam nas partidas”, disse o apresentador. O clube é visto como um dos mais tradicionais de São Paulo. Um título de sócio desistente através de uma transferência de titularidade, no Pinheiros, pode custar até R$ 70 mil, além de ter que pagar uma mensalidade de R$ 420.
Leonel Diaz nasceu em Cuba e é sobrinho de um dos ícones do polo aquático no país, o também cubano Barbaro Diaz. O garoto comemorou 18 anos nesta quinta-feira (6) e exatos sete anos morando no Brasil, mesmo período que atua no Esporte Clube Pinheiros.
A Fórum tentou entrar em contato com o Clube Pinheiros para questionar o porquê da proibição de entrevista. Até então, não tivemos resposta. https://twitter.com/Olhar_Olimpico/status/1225814648785711104
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