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“Queremos trabalhar” foi o grito entoado por um grupo de centenas de trabalhadores ambulantes que protestaram durante a tarde desta quarta-feira (5), na Estação da Luz, no Centro de São Paulo.
O ato se iniciou por volta das 14h e durou cerca de 30 minutos. Em um momento, os manifestantes chegaram a pular sobre os trilhos da estação, interrompendo a circulação da Linha 11 Coral, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Durante alguns minutos, a linha funcionou somente até a Estação Brás.
Também há relatos de jornalistas que tentaram realizar imagens no local durante o protesto, sobre a atuação do pessoal do Gocil visando impedir o trabalho jornalístico no local. A mobilização dos trabalhadores foi motivada pelas ações da Polícia Militar e de seguranças do Gocil (serviço de vigilância contratado pela CPTM) para impedir a atuação nas estações do comércio ambulante, que o governador do Estado, João Doria, considerado um dos seus inimigos. Em entrevista recente, o presidente da CPTM, Pedro Moro, chegou a dizer que uma das suas missões este ano é acabar com o comércio irregular nas estações e dentro dos trens. Em nota posterior ao protesto, a CPTM afirmou que “repudia esse tipo de manifestação, que fere os direitos de ir e vir dos passageiros, interrompendo a operação dos trens. A Companhia não se intimidará e continuará combatendo o comércio irregular em suas dependências”.#CPTM Sobre o grito de "Queremos Trabalhar" vendedores ambulantes protestam na estação da Luz, na Linha 11-Coral. pic.twitter.com/lVOTCUMXma
— CPTM Noticiando (@cptmnoticiando) February 5, 2020