Um policial militar fardado interrompeu uma missa na igreja Menino Jesus, em Fortaleza (CE), para pedir apoio ao motim da categoria no estado. Aos prantos e desesperado, o homem pede "perdão" por estar interrompendo o evento religioso, mas diz que cenário é de "guerra".
“Nós, policiais militares, estamos em greve. Não porque nós queremos, é porque foi a última coisa que a gente fez para ser ouvido. Nós estamos sendo obrigados a estar nas ruas do Juazeiro, mas agora a pé, sem nenhuma viatura para nos resguardar", disse.
O homem fala que colegas que estão nas ruas, “protegendo toda a sociedade”, trabalham com apenas 10 munições. "Um está matando o outro, dando cabeça de policiais por dinheiro”, conta.
“A gente precisa da ajuda de vocês. Eu sou lá da Paraíba. Através disso aqui, a partir desse momento, eu ‘tô’ expulso. Eu sei que vou voltar pra casa –mas vou estar perto da minha mãe e do meu pai. Preciso de ajuda. A PM está precisando”, declarou.
"Sob controle"
O ministro da Justiça, Sergio Moro, visitou nesta segunda-feira (24) Fortaleza para acompanhar as ações de segurança pública no Ceará, assim como se reunir com o governador Camilo Santana (PT). Durante a visita, o ministro chegou a dizer que “não há uma situação de absoluta desordem nas ruas” e que situação está sob controle. Contudo, o estado registrou 170 assassinatos desde o início do motim dos policiais militares, há uma semana.