O prefeito afastado do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), poderá acompanhar o velório e enterro de sua mãe, mas com escolta. A decisão foi proferida nesta segunda-feira (28) pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins. Os funerais de Eris Bezerra Crivella estão previstos para a quarta-feira (30/12), no interior de Minas Gerais.
Eris Crivella morreu na madrugada desta segunda-feira (28), aos 85 anos. Ela estava em casa, em Copacabana, na zona sul do Rio. A causa da morte não foi divulgada.
Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), Crivella foi preso na manhã da terça-feira (22) em uma ação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) em sua casa.
Ele é investigado em um inquérito que ficou conhecido como o “QG da Propina” – um esquema de corrupção que acontecia dentro da prefeitura.
Na decisão, Martins, do STJ, deferiu o pedido feito pela defesa de Crivella para que ele deixe sua residência temporariamente no dia 30 de dezembro, às 6h, e retorne à tarde, até as 18h. Esse período, segundo a defesa, será suficiente para que ele se desloque ao município de Simão Pereira (MG), distante cerca de 150 quilômetros do Rio de Janeiro, acompanhe as homenagens à mãe, e retorne no mesmo dia.
Para o ministro, a autorização, apesar de ser medida excepcional, se impõe em cumprimento ao disposto no artigo 120 da Lei de Execuções Penais (Lei 7.210/84), que estabelece a possibilidade dos presos provisórios, como é o caso de Crivella, obterem a saída temporária para comparecimento em velório de determinadas pessoas, entre as quais, os ascendentes.
Após as 18h do dia 30, Crivella deverá retornar imediatamente à prisão domiciliar, comunicando-se à presidência do STJ o seu recolhimento.