UFBA se posiciona contra MEC e diz que não vai retomar aulas presenciais

"A universidade não colocará em risco a vida de nossa comunidade", disse a instituição, que decidiu manter aulas remotas

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O reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), João Carlos Salles, já se manifestou contra a portaria do Ministério da Educação que determinou o retorno das aulas presenciais nas universidades federais a partir de janeiro de 2021. A decisão da pasta foi publicada no Diário Oficial nesta quarta-feira (2).

O reitor disse que a instituição não obedecerá a portaria e que as aulas seguirão acontecendo de forma remota no primeiro semestre do próximo ano. As informações são do Correio.

"Nossa Universidade não colocará em risco a vida de nossa comunidade, nem deixará de cumprir, com autonomia, sua missão própria de ensino, pesquisa e extensão. Só nos cabe assim reiterar os termos de nossa Resolução 04/2020, que bem expressa nosso zelo e nossa responsabilidade acadêmica e institucional", diz trecho da nota divulgada pela instituição.

Outras universidades, como a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Universidade Federal do ABC (UFABC), também afirmaram que ainda não é o momento de retomar as aulas presenciais. A informação é do G1.

A decisão do MEC ocorre em meio ao aumento do número de casos de Covid-19 no país, inclusive com especialistas apontando para o início de uma possível segunda onda da doença.

Ao determinar o retorno das aulas, a portaria diz que as universidades e institutos federais devem adotar um “protocolo de biossegurança” para evitar a propagação do coronavírus. O protocolo foi definido pelo MEC em portaria de julho deste ano e inclui uso de álcool em gel e aferição de temperatura.

O texto ressalta, no entanto, que estados e municípios têm autonomia para decidir sobre o retorno presencial. Caso decidam pela proibição, o MEC estabelece que as instituições devem recorrer aos recursos digitais.

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